Quando candidato à presidência dos Estados Unidos, Bill Clinton pensou em condenar a guerra do golfo, mas no debate de sua assessoria surgiu uma expressão que hoje circula pelo mundo todo. Queriam saber o que é que iria definir a eleição. Um dos assessores vaticinou: “é a economia, estúpido”? Pois bem, no Brasil de 2022, a religião e a pauta de costumes parece tão forte quanto a economia.

ACEITAR OS FATOS

Muitos influenciadores da política, inclusive alguns do campo democrático e progressista, insistem em raciocinar sobre o eleitor a partir quase que exclusivamenteda economia, principalmente no aspecto do trabalho. Como este hábito político era generalizado nas principais forças políticas do Brasil e de muitos países ocidentais, não se notava tanto a expectativa do cidadão comum quanto à agenda de costumes. A centralidade conceitual dohh6 trabalho não define tudo nas intenções e desejos do cidadão. Uma visão materialista consolidou este km. Mas é preciso aceitar os fatos…

RELIGIÃO E VOTO

A extrema-direita trouxe de volta internacionalmente a pauta dos valores, como, por exemplo, a família, a sexualidade e o desejo. Existe, entretanto, um verdadeiro divórcio entre alguns dirigentes políticos de  forças do campo democrático e a notória evidência da importância dos costumes na decisão do voto. 2018, 2020 e 2022 não foram eleições suficientes para que a mente de tais dirigentes se abra, aceitando a importância da religião independentemente da opinião que se tem sobre ela.

RECONHECIMENTO

A noção um tanto pretensiosa de que o homem vive em torno do trabalho (determinante principal) e quase que exclusivamente para a ascensão social  é o problema central do emaranhado de ideias equivocadas sobre religião no campo democrático. A recusa em aceitar a importância da religião em campanhas políticas resulta em perda ou em não conquista de votos.

LAICIDADE E POLÍTICA

O próprio marketing político tem soluções práticas para conquistar votos no Âmbito do Povo de Deus. Contudo, é preciso saber de mandar o marketing. O profissional de Ciências das Religiões é indispensável para este ajuste estratégico. A política pode ser muito bem sucedida e sua relação com a religião. É, porém, preciso aposentar a exclusividade do antigo instrumental economicista. Para o eleitor, debater o currículo escolar é tão importante quanto conseguir um emprego

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