Um país que não legisla a dimensão simbólica da Religião, está condenado a ter problemas com intolerância religiosa. E é preciso legislar com base nos direitos humanos e no conceito atual de Diversidade Religiosa. A liberdade religiosa, ainda que permaneça forte no direito, é a bisavó da diversidade. Foi atual e transformadora há 500 anos, mas somente há 500 anos
LIBERDADE OU DIVERSIDADE?
Foi Martinho Lutero o primeiro a reivindicar com sucesso o direito de ter outra adesão religiosa que não fosse a da Igreja Católica. O contexto histórico era totalmente diferente do nosso no espaço e no tempo. No Brasil, somente a diversidade religiosa dá conta das reivindicações contemporâneas dos grupos sociais à margem do núcleo central de valores da sociedade. Refiro-me à luta das mulheres, LGBTs+, pretxs, minorias religiosas e étnicas, povos originários, etc.
PAZ NAS RELIGIÕES
O maior entrave para legislar corretamente sobre religiões – e contra a intolerância! – é o fato de que tal decisão passa por políticos que dependem, em geral, do voto puxado pelo cabresto religioso de alguns setores do cristianismo. Não é a paz possível entre as religiões que interessa a estas pessoas. Com isso, o fundamentalismo religioso continua crescendo associado aos grupos de extrema-direita. No Brasil e em outros países.
DETER O FUNDAMENTALISMO
Para deter o fundamentalismo que insufla a intolerância, é preciso legislação específica para a diversidade religiosa. Paulo legislação deverá compreender como delito ou crime as ações que diminuem e até exemplo o simbolismo religioso de cosmogonias diferentes da sua… As penalidades dos fundamentalistas também devem passar pelo bolso! Fora isso, será mais do mesmo: passar a vida administrando ações judiciais que tentam fazer o que a legislação e a educação escolar já deveriam ter feito! É isso que temos agora e não está indo bem…