O Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, 21 de janeiro, instituído pelo presidente Lula, tornou este mês o mês da diversidade. No próximo dia 28 realizaremos o Café da Diversidade Religiosa online, que se realiza há 12 anos. É um bom momento para refletir. A diversidade vive seus maiores desafios no Brasil.

GENOCÍDIO E RACISMO

O Brasil permanece refém de sua dura história colonial que se estende até os dias de hoje em termos de mentalidade e de subserviência diante das grandes potências. Esta subserviência tem um expressivo número de seguidores no país, sempre dispostos a matar por genocídio as etnias que desagradam a elite do atraso. O racismo religioso é um dos componentes centrais da intolerância religiosa à brasileira, ainda que não seja o único.

CRISTOFASCISMO

Quem não gosta do termo cristofascismo não devia tentar juntar o cristianismo com o fascismo… No Brasil e em várias outras nações cristãs se tem insistido nisto. Esta inseminação abortiva se revela, por exemplo, nas recentes cenas dantescas dos indígenas yanomamis levados a situações nutricionais de fome semelhantes àquelas encontradas pelas tropas aliadas e comunistas que libertaram os judeus e outras etnias dos campos de concentração nazistas, que, por sinal, não por acaso, eram inspirados pelas mesmas correntes de extrema direita que andam inspirando setores brasileiros.

QUEM PESA MAIS?

Para que lado vai pender a gangorra da disputa entre a civilidade verdadeiramente cristã e a perseguição a grupos sociais e etnias que possuem religiões e ou espiritualidades diferentes da hegemônica? O falso cristianismo dos fundamentalistas não se cansa de tentar se fazer de bonzinho dizendo, por exemplo, que atua junto aos indígenas em nome de Deus… Nem o velho estandarte inquisitorial idolatrou tão bem a violência e a estupidez. Pelo menos, nos tempos da Inquisição ninguém podia ter conhecido os Direitos Humanos, que simplesmente ainda não existiam enquanto um pensamento organizado.

DEFINIÇÃO DE BRASIL

O mês de combate à intolerância chega a um Brasil que precisa definir que papel deseja jogar, se por um novo mundo possível ou se por um velho Brasil, atrasado e violento. Uma política nacional de Diversidade Religiosa que combata claramente os fundamentalistas fascistas necessitam ser estabelecida como forma de manter o diálogo interreligioso em crescimento e as expectativas de um Brasil moderno e democrático vivas e a caminho da realidade nacional. Diversidade Religiosa respeitada é sinal de desenvolvimento econômico-social.

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