Os imperadores romanos Constantino e Teodósio foram césares cristãos que marcaram profundamente a história desta religião, ao ponto de permanecerem influenciado posturas sacerdotais até hoje. Se um pastor cristão se apodera ilegalmente de recursos públicos para benefício próprio e/ou da sua igreja, o Império Romano cristianizado se mostra vivo na mentalidade de parte dos sacerdotes.
PASTOR OU MINISTRO
Talvez, o próprio Rabi Jesus considerasse inapropriado que um pastor cristão, enquanto tal, aceitasse o ministério – não o ministério pastoral, mais um ministério governamental, diga-se! – principalmente em uma República constitucionalmente laica…. Penso também que Jesus nada teria contra o exercício de tal função por um pastor que não misturasse as bolas. Ou seja, que não enfiasse religião onde ela não cabe, exatamente por ser maior e mais importante para a Alma humana.
CORRUPÇÃO NO MEC
O devido processo legal dirá se o ministro da educação do atual governo brasileiro e mais alguns outros pastores evangélicos fizeram ou não mau uso das verbas públicas republicanas. Porém, não é só de corrupção financeira que devemos falar. Clamar pela espiritualidade cristã na defesa de partidos políticos não é o mesmo que procurar seguir princípios de foro íntimo que a religião do Rabi oferece a todxs sem necessidade de proselitismo e catequese.
CONSTERNAÇÃO
Vergonha alheia e consternação pelos milhões de evangélicos que não merecem ver seus pares envolvidos em corrupção, foram os sentimentos que me ocorreram diante das imagens do ministro da educação e dos pastores amigos dele sendo presos na operação da Polícia Federal. Há já, porém, uma espécie de corrupção espiritual quando, por exemplo, uma edição da bíblia é impressa com fotos para divulgação de políticos que se dizem cristãos. Algo assim pode, talvez, ter ocorrido no MEC.
CADÊ JESUS?
Sempre que noto um desvio significativo na mensagem de Jesus, costumo perguntar, se possível, ao desviado: “o que Jesus faria?” Neste caso, parece-me muito óbvia tal pergunta para uma resposta óbvia: “Ele não teria aceito o ministério!” Se os cristãos realmente interessados na preservação do Sistema Simbólico profundo que move esta religião estiverem atentos, esta resposta estará na boca e na Alma de cada cristão que não aceitar exercer cargos públicos de maneira laica e não religiosa. Afinal, quem considere que a religião deve tomar conta de TUDO na vida, não deve ir para cargos onde ela não deve estar…