“É só o amor, é só o amor; Que conhece o que é verdade; O amor é bom, não quer o mal; Não sente inveja ou se envaidece. O amor é o fogo que arde sem se ver; É ferida que dói e não se sente; É um contentamento descontente; É dor que desatina sem doer.” (1 Coríntios 13)
AMAR HOJE
Existem muitas dimensões do Amor, mas a persona que nos permite “fazer Alma” é uma só e muito profunda. Na psique, o Amor reside naquilo que Carl Jung chamou de self, ao lado da Esperança, da Harmonia e da Paz, outras ilustres personas das que compõe o Imaginário. Hoje, porém, de um modo geral, o amor está meio “fora de moda”. Falar de amor agora, quase que se restringiu ao amor romântico entre os casais, que, de uma forma ou de outra, é redutor e individualizado.
DIMENSÕES
Há várias dimensões no/do Amor. Para ficar no básico, recordemos as singularidades e harmonias entre o amor cristão espiritualizado e o amor mundano material. Existe uma pretensa oposição perfeita e até dialética neste contexto. Porém, o amor ao próximo não se beneficia desta oposição um tanto tola. Seu objetivo é maior! Amar ao próximo é amar o próprio trajeto interior enquanto parte de um plano maior para a humanidade.
A DIMENSÃO AFETIVA
No Amor como persona, as dimensões afetiva e da compaixão representam a necessidade do Sapiens conhecer e entender o ato de amar. As narrativas são essenciais para a composição mítica das imagens terapêuticas que nos equilibram e nos induzem Esperança para seguir. Portanto, amar não é uma escolha, mas sim motivo de saúde mental e de Cuidado Espiritual.
O DESENCANTAMENTO
O Amor não é a única vítima da tendência ocidental moderna de tudo racionalizar e reduzir. Este desencantamento é paralisante e inculto. Quando “o amor chega”, o mundo flui, o equilíbrio entre a dor da finitude e a esperança de viver se transforma em eufemismos que sustentam o Sapiens em sociedade.
A ESPERANÇA
A dor que nos fere a Alma é tão coletiva quanto a busca por caminhos que nos livrem dela ou que petmitam-nos diminui-la. O Amor é o conjunto destes caminhos, é um “contentamento descontente”. Precisamos nos abrir para o amor sem vergonha de amar. Devemos enfrentar os “desencatadores do mundo” com compaixão, mas sem a companhia deles, posto que estaremos com os que amam com encanto.