Pensei que era fake News a notícia de que muitos parlamentares religiosos e clérigos ficaram contra o PL (Projeto de Lei) que combate as próprias fake News e, de quebra, regulamenta minimamente a internet no Brasil. Aqui, vou me concentrar na presença das “lideranças” religiosas no debate. Ressalto que não concordo com 100% do PL, mas julgo que a regulamentação é uma questão civilizatória. Afinal, se a lei vale no mundo “real”, porque não valeria no mundo “virtual”?

LIDERANÇAS?

Difícil pensar que uma liderança estruturada a partir do fundamentalismo religioso seja realmente uma liderança cristã. É muito fácil se fazer de líder vomitando intolerância. Este fator torna-se ainda mais agudo em um país como o Brasil, onde a injustiça social profunda deixa muitos espaços para o crescimento de diversas formas de violências sociais. A violência só ocorre quando vem de mãos dadas com alguma forma de intolerância.

LIBERDADE RELIGIOSA?

O principal argumento desta tropa fundamentalista é o de que o projeto atingiria a Liberdade Religiosa. A extrema-direita, financiada por vários dos bilionários e megaempresas capitalistas da terra, inventou este “argumento” de que tal liberdade permitiria a estupidez, a indiferença ou a crueldade contra a democracia e os direitos humanos. Liberdade Religiosa não é isso.

MENTIR E LUCRAR

O ser livre respeita a liberdade dos outros e tem noção dos seus limites.  Quando uma igreja cristã precisa de argumentos desumanos e violentos, fica a pergunta: é mesmo cristã? E pior: se a mesma igreja se associa com os interesses mercantis das “Big techs”, que lucram trilhões nos cliques nas fake news, e com os interesses políticos de partidos antidemocráticos, ela acabará também se convertendo em ambos: empresa e partido. Ou seja, deixa de ser igreja…

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