Carl Jung foi/é o mais avançado pesquisador e pensador daquilo que Sigmund Freud chamou de psicanálise e que Jung chamou de psicologia analítica. Jung, que teve imensa atividade profissional em sanatório, ultrapassou Freud ao admitir a existência de uma dimensão que não foi coberta pelas pesquisas de consultório do colega de Viena: é aquilo que hoje nós podemos chamar de Imaginário, incluída aí a religião.
DEUS EXISTE?
Certa vez, em uma entrevista para uma emissora de tv norte-americana, o mestre suíço respondeu uma pergunta após uma longa pausa na fala. O jornalista perguntou-lhe se ele acreditava em Deus. Jung pausou e respondeu: “eu não acredito, eu sei.” Por esta e por outras atitudes de vanguarda científica, ele pagou e paga um alto preço aos cartesianos de plantão… Ele abriu as portas da psicologia para o transcendente.
INCONSCIENTE COLETIVO
A prática clínica em sanatório surpreendeu o médico Carl Gustav Jung com a descoberta de narrativas míticas e simbólicas que ultrapassavam em muito os limites da vida cotidiana de muitos pacientes. Profundo estudioso da arqueologia e da mitologia, ele pode constatar que as relações sociais e as nossas relações com nossos pais e a nossa família não são fatores únicos na formação da psique. Nem sequer a sexualidade é uma determinante absoluta! Por esta ousadia, seu método recebeu a alcunha de “perigoso”.
REVELAÇÃO
O “perigo” da teoria de Jung é é que ele desmascara o racionalismo sem romper com a razão científica. Ele não inventa o transcendente, mas não o nega e nem o teme. Nestes tempos em que uma certa perversão da razão gerou muita empáfia racionalista, apontar para o imaginário é o mesmo que revelá-lo para a ciência. No atendimento psicanalítico e psicológico só é possível falar de Cuidado Espiritual duradouro através do caminho proposto por Jung! O Cuidado é um direito humano previsto em documentos intern