Como será que ele pensa? O “deus” do dinheiro andava comprando consciências, destituía o Rabi Jesus da sua Graça e queria vencer as eleições perdidas. Para ele e sua falsificação, não havia ética nem moral. Tudo no mundo se reduzia ao exercício da força. A morte devia ser louvada. A doença devia ser zoada e servia para selecionar os fortes e matar os fracos. Quem tinha passado “saudável” era superior a quem não tinha, mesmo que tantos “saudáveis” morram doentes todos os dias…

FAMÍLIA

Para este falso deus, esperança era nome em letra minúscula, pois era só a dele. Religião era negócio. Falsificar um discurso sobre defesa da família era o papel mais fácil a desempenhar na encenação. Bastava repetir o lenga lenga de pretensos pastores, donos de empresas religiosas. Somava-se a isso o velho jargão da “família tradicional” branca e superior, sempre a serviço dos golpes de estado e do reacionarismo de um clero vazio. Estava assim construído o blá blá blá da insensatez.

PÁTRIA

Dizer-se patriota era apenas uma frase. Este “deus” preferia outra pátria, lá mais ao norte. A pátria dele é aquela que nos vê como uma eterna colônia de dor, com fogo na mata e genocídios de pretos e indígenas. Tudo por dinheiro e lucros… Aqui, na Pátria que não é a dele, havia uma vida estranha, erguida apenas em condomínios fechados, onde os muros altos – como conceituou magistralmente o psicanalista Christian Dunker – são os únicos seres importantes.  

ESCOLAS

Enquanto isso, a renda e a qualidade de vida das famílias “não tradicionais” podiam desabar à vontade em nome do “deus” do dinheiro, pois ninguém passa fome quando não tem o que comer, desde que seja pobre. Tudo que as empresas religiosas diziam para alienar e buscar votos no cabresto do “deus” do dinheiro, era para ser repetido nas escolas, sempre acusadas de fazerem a juventude pensar demais. Vigiadas pelos falsos pastores das empresas religiosas, as escolas definhavam, apontando para o papel da Pátria de cá: subserviência à pátria de lá e mão de obra barata para a riqueza de lá.

PASSAR A LIMPO

A Pátria de cá, que tanto desagrada o “deus” do dinheiro, que prefere a de lá, agora pensa que é Pátria e Mátria, assim com “P” e “M” maiúsculos. A Luz aponta no horizonte e Deus ressurge nos corações como possibilidade do que ele É. Não existe mistério nisso, mas se faz muito mistério sobre isso… Como os indivíduos que conseguem o autoconhecimento, a Pátria de cá vai fazendo a sua expiação coletiva, livrando-se de velhos traumas e trazendo de volta a Esperança, a ciência, os direitos humanos e sociais e a verdadeira liberdade democrática.

1 thoughts on “O “Deus” do dinheiro

  1. Edson Eduardo says:

    Carlos, já se vai muito tempo que eu não lia um texto que, relata nossa realidade tão claramente, a sutiliza que você usa para interpretar os acontecimentos atuais, são perfeitos, os tópicos como, Família, Pátria, Escolas e Passando a Limpo, são abordados perfeitamente, mas aqui vai uma pergunta, e a mídia (Tv, revistas, jornais e internet)…

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