FAKENEWS

Faltando 18 meses para a eleição presidencial, todos que trabalham com estudos das religiões se perguntam se as fakenews de base pseudo-religiosa vão infestar novamente o pleito. Será que o falso moralismo estúpido que invadiu os celulares em 2018, vai novamente marcar a reta final das eleições?

ESFORÇOS

Sabemos que houve esforços por parte da Justiça Eleitoral para criar um ambiente minimamente isonômico entre os diversos candidatos. A máquina produtora de falsas denúncias, entretanto, mostrou-se internacional e muito poderosa. Episódios deste tipo colocam em questão a própria noção de liberdade.

LIBERDADE RELIGIOSA

Toda religião tem direito a adotar preceitos morais dentro da legalidade republicana. O problema ocorre quando tais preceitos são transformados em acusações levianas e fantasiosas. Um conjunto de fantasias falsamente religiosas e moralistas esteve na mente de milhões de eleitores no exato dia do voto em 2018 através de cards encaminhados nas redes sociais. É muito simples perceber quem já faz este discurso e é beneficiado pelos cards.

DIREITO E PROVA

Do que necessitará a Justiça – poder que tem mantido uma certa integridade nestes tempos estranhos – para caçar candidaturas beneficiadas por jogadas como estas? Penso que a sociedade civil deve expressar desde já seu direito a ter um pleito livre onde certas candidaturas não sejam privilegiadas pela divulgação de mentiras.

E OS RELIGIOSOS?

Porém, são as lideranças religiosas que deviam cuidar deste assunto antes de qualquer grupo social. Os líderes religiosos que apoiam a democracia já deviam estar em seus altares e mídias virtuais pregando o voto livre como um exercício de fé. Deviam denunciar explicitamente, com antecedência, a possibilidade de manipulações através de fakenews. Não vai adiantar chorar o leite derramado.

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