É bastante forte a proibição do debate e da divergência democrática em Israel neste momento.  Rolou até ameaça de perda da cidadania para israelense que criticasse a dura ação militar que ocorre contra o Hamas em Gaza, até aqui com a morte já de 1% da população civil palestina da região. Não se pode dizer que a ação israelense seja imotivada, mas também não se pode justificar o assassinato de crianças, idosos e mulheres. Isso, muito provavelmente, será julgado como crime de guerra. Hoje, porém, nos interessa mais aqui a censura que se estabeleceu em torno do tema dentro e fora de Israel. No Ocidente!

COMEÇOU COM A RÚSSIA…

Uma onda de proibições de acesso a informações pelos cidadãos das nações democráticas ocidentais começou fortemente com a proibição de canais russos após o início da invasão da Ucrânia. Povos antes ciosos de suas democracias foram submetidos ao puro e simples impedimento de circulação de informações que pudessem desagradar aquilo que o jornalista Pepe Escobar chamou de “Otanistão”. Daí para a proibição da própria cultura russa – inclusive da música e do estudo da língua! – foi um pequeno passo. No caso da Europa, isso nos lembra o Totalitarismo que a judia Hannah Arendt analisou tão bem!

CONTINUOU COM GAZA…

Agora, lembrando muito a censura imposta em Israel com alegação de estado de guerra, a proibição de críticas ao governo israelense é tentada aqui, no Brasil. Por exemplo: mostrar imagens reais do sofrimento palestino pode tirar do ar alguma rede social sua. Criticar Israel defendendo a Palestina pode custar até o seu emprego. Criticar o governo de Israel custa, por exemplo, ao jornalista Breno Altman, que é judeu (!), a redução da monetarização do canal de YouTube dele e processos judiciais de uma entidade judaica em vários Estados da Federação ao mesmo tempo. Fica a pergunta: tudo isso é simplesmente para esconder a realidade? Que tal debater em vez de censurar??

QUEM TEM MEDO DO DEBATE?

O brutal Holocausto que a extrema-direita nazifascista europeia impôs aos judeus e a outros grupos sociais é motivo justo de nossa revolta e indignação!! O contexto da Segunda Guerra Mundial, porém, foi totalmente diferente do atual. Não se pode confundir a defesa corretamente intransigente da criação de um estado para os judeus após o conflito de 1939/1945 com as ações atuais de um governo de ideologia sionista. Aliás, a mesma intransigência deveria ter sido praticada para a criação de um estado palestino naquela época. Que a censura não prospere, que o debate seja livre e que os palestinos alcancem, enfim, o seu Estado Nacional!

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