A FRASE
“A religião é o ópio do povo.” Esta frase de Karl Marx costuma ser indicada como sendo a prova de se tratar de um pensador que despreza a religião até como um tema de estudo válido. Muitos profissionais de Ciências Humanas e de outras áreas, inclusive do próprio Jornalismo, demonstram dificuldade até em aceitar a óbvia existência do Fenômeno Religioso em si numa derivação errada da influência genérica de um pensamento pretensamente marxista. Aceitar a existência do Fenômeno não significa se converter… Significa não mentir nem omitir, conscientemente ou não. O pior, é que a frase completa não é essa.
A FRASE CCOMPLETA
Escreveu Marx:
“A miséria religiosa constitui ao mesmo tempo a expressão da miséria real e o protesto contra a miséria real. A religião é o suspiro da criatura oprimida, o ânimo de um mundo sem coração e a alma de situações sem alma. A religião é o ópio do Povo. (…) A abolição da religião enquanto felicidade ilusória dos homens é a exigência da sua felicidade real.”
Sugiro que prestemos atenção a três termos da frase: “protesto”, “alma” e “enquanto”.
O TOM
Para Marx, a religião é uma forma de protesto. É um protesto doloroso e basicamente inconsciente, mas um protesto. A criatura – termo teológico, note-se – oprimida encontra nela o ânimo necessário para enfrentar situações em um mundo sem alma, que é o capitalismo. Contudo, a religião deve ser abolida enquanto – apenas enquanto – felicidade ilusória dos homens, quando o for. Mesmo sabendo das posições de Marx enquanto um hegeliano de esquerda influenciado pelo pensamento crítico à religião sistematizado por Feuerbach, não podemos deixar de notar que a famosa frase não é a busca da destruição total da religião.
UM MUNDO DE EQUÍVOCOS
A interpretação apressada da posição de Karl Marx serve apenas para classificá-lo um tanto forçosamente diante do debate entre fé e razão, muito forte no século 19. Marx estava certíssimo ao apontar a religião institucional cristã da sua época como produtora de uma espécie de ópio diante das desigualdades sociais. Porém, daí a acreditar que todo e qualquer tipo de ato ou de expressão religiosa deva ser banido e nem sequer estudado, vai uma diferença abissal. Karl Marx não merece o marxismo vulgar que se expandiu no século 20.
MARX E A PROMESSA
Muito ao contrário, não existe nada mais parecido com o Paraíso Cristão que o objetivo marxista de criar na terra uma sociedade comunista onde todos sejam iguais plenamente entre si com a preponderância da felicidade no coração de cada um e o surgimento de um “Novo Homem”. O Rabi Jesus certamente concordaria e convidaria o irmão Marx para cear com ele. Ambos, aliás, eram… judeus! Ao fim da Ceia, repartiriam o pão, como se deve fazer.
Não existe igualdade absoluta na doutrina de Cristo. Cada um recebe de acordo com suas obras. E agora rebeldes até o que tem será tirado. E até os obedientes há os que dão fruto a cem outros a sessenta e outros a trinta. Na céu já hierarquias e graus de glória diferentes. É assim até na ressurreição.
Alta cultura. Apenas isso. Filosofia. Livros. Conservadorismo. E viável e muito boa. Não o “lixo” de nossas TVs todo dia e sem parar…
Repare bem! Verdade filosófica e sociológica. Eis:
Honestidade e bom gosto.
Fernando Pessoa era conservador.
Alta cultura também deve ser viável: educação. Geral. E irrestrita. Isso sim.
O Brasil precisa urgente voltar a qualidade de sua vida diária boa. Educação nas Escolas. Ter músicas realmente boas no dia a dia. E bons hospitais. O Brasil precisa urgente voltar a qualidade de sua música. PT venera a Indústria Cultural. Idem seus satélites (PSB e PCdoB). Melhor para dominar. Literatura e alta cultura é de que o Brasil necessita a tempo nas nossas escolas e na educação das crianças. E de música boa. Esteticamente boa. A frente de tudo a qualidade de 1ª. Estética. Saúde da mente, portanto.
Eis aí a pura e profunda realidade sociológica e filosófica: A “Copa das Copas®” do PT® em vez de se construir hospitais, construiu-se prédios inúteis! A Copa das Copas®, do PT© e de lula©. Nada se fez em 13 anos para esse mal brasileiro horroroso. Apenas propagandas e propagandas e publicidade. Frasinhas. Qual o poder constante da propaganda ininterrupta do PT®?
Apenas um frio slogan, o LUGAR DE FALA do Petismo® (tal qual “Danoninho© Vale por Um Bifinho”/Ou: “Skol®: a Cerveja que desce Redondo”/Ainda: “Fiat® Touro: Brutalmente Lindo”). Apenas signos dessubstancializados. Sem corporeidade. Aqui a superficialidade do PETISMO®: Signos descorporificados. Sem substância. Não tem nada a ver com um projeto de Nação. Propaganda pura. O PT é truculento. O PT é barango politicamente.
Apenas um frio slogan, o LUGAR DE FALA do Petismo®.
Assim como alguém pode reconhecer o rastro tortuoso de uma cobra, eu reconheço o rastro tortuoso de um vigarista.