RELIGIÃO E DINHEIRO
Tornou-se comum relacionar a atividade evangélica de algumas igrejas com a arrecadação desproporcional de dinheiro dos fiéis a título de “dízimo”. Na verdade, a maior parte dos fiéis consegue manter viva a sua espiritualidade religiosa sem nenhuma obrigação financeira abusiva.
VIROU EMPRESA?
O vazio Espiritual do nosso tempo abriu espaço para ações inescrupulosas que ultrapassam a mera comercialização da fé. Não tratamos aqui das repercussões desta monetarização na política e em outras relações sociais. Nos importa a consequência disso para o pensamento cristão e suas espiritualidades.
TEOLOGIA DA PROSPERIDADE
Bem ao contrário do que fez e faz a “a opção pelos pobres“ da Teologia da Libertação, a chamada Teologia da Prosperidade foca no sucesso individual material como vivência da Promessa. Só que na Promessa não se trata disso. O próprio Jesus é transformado pelos adeptos da “Prosperidade” em um inspirador da trajetória do empreendimento do induzido… O caminho interior no trajeto da alma é substituído pela busca da ascensão social e de boas relações de amizade, principalmente entre cristãos da mesma linha.
CAMINHOS
Claro que a religião hegemônica em nosso país, o cristianismo, não tem apenas estes dois caminhos teológicos. Porém, a noção de que se pode prosperar colocando Jesus no coração e seguindo as determinações das lideranças religiosas, tornou-se muito forte para alguns segmentos numerosos da sociedade. A contradição é muito evidente: o Evangelho diz claramente que o Reino dos Céus não será dos ricos…
PROSPERIDADE INTERIOR
O Mestre Jesus deixou muito claro que o maior desafio do homem está no fato de que ele não consegue descansar a cabeça. Dizendo de uma maneira psicossocial, a nossa consciência da morte e os eufemismos que criamos para conviver com isso, doem na Alma. Sobreviver a esta dor em cada renascimento interior, é a melhor forma de servir ao próximo. Ou seja, prosperar, sim, mas antes interiormente!