Encontra-se nas escolas um variado repertório cultural, que manifesta em sua particularidade, os valores do sujeito. Não se pode compreender a cultura, sem observar o conceito e como as culturas estão enraizadas no cotidiano pessoal, familiar e social. Na sala de aula, o Ensino Religioso se concretiza a partir de seu objeto de conhecimento: o conhecimento religioso, definido pela BNCC (Base Nacional Curricular Comum). Ao se trabalhar a diversidade, estamos inserindo no contexto do diálogo, a inclusão.

Comunicar aos educandos que sua cultura não é melhor ou irrelevante dos demais, tem sido uma tarefa árdua a ser desenvolvida ao longo de sua história. Quando conseguimos, enquanto professores, abrir espaço para novas visões de mundo, indo além do seu comodismo, chegamos, de fato, no caminho plausível para a valorização do Outro, e assim, ajudamos os educandos a enxergar sem preconceitos.

Cada rosto tem um brilho próprio, e esse brilho transpassa a ação ensinar. Percebemos que, ao conceber aos alunos, a habilidade de olhar para dentro de si, deixando-os pensarem como se devem, de forma crítica, e através da prática com outros colegas, verem a na diferença um vestígio de que também pode ser um pouco semelhante. Vivemos sempre sob a ótica de nossas lentes, isso, traduz na falta de adentrar no mistério profundo do universo do Outro.

Desta maneira, incluir os educandos no sistema de aprendizado, consiste em trazer a teoria com práticas, estabelecendo o elo entre os sujeitos. O que isso quer dizer? Que faz necessário mergulhar no contexto cultural, religioso, etc., para que aja um rompimento do estigma de negar a diversidade existente de experiência trazidas especificamente da realidade a cercar o indivíduo a estar presente no âmbito escolar.

Ricardo de Oliveira é professor de Ensino Religioso do Estado de Santa Catarina na Escola de Educação Básica José Boiteux. Licenciado e bacharelo em Ciências da Religião, com especialização em gestão e docência em Educação Integral, também atua como colunista e poeta sendo fundador do Portal Educação em Sintonia. 

Email: [email protected] e [email protected] Site: https://www.ricardoliveira.online

7 comentários em “Ensino Religioso: Cultura e inclusão

  1. Eusebio Venzeio :

    O cuidado em identificar pontos críticos na valorização de fatores subjetivos desafia a capacidade de equalização das novas proposições. Percebemos, cada vez mais, que a consolidação das estruturas ainda não demonstrou convincentemente que vai participar na mudança da gestão inovadora da qual fazemos parte. Por outro lado, o novo modelo estrutural aqui preconizado cumpre um papel essencial na formulação do remanejamento dos quadros funcionais.

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